É o Conde Drácula em versão infantil numa animação japonesa de humor. E um animê espetacular!
Porque, convenhamos, qualquer animação japonesa dita “infantil”, é muito mais madura que a maioria dos desenhos animados americanos…
Por Rodrigo Garrit
Exibido em 1984 no “CLUBE DA CRIANÇA” da extinta Tevê Manchete, programa apresentado pela então estreante e promissora Angelica Xuxa Meneghel (aham… senta lá Cláudia), esse “anime” era uma típica comédia envolvendo elementos da mitologia clássica dos vampiros, (mais especificamente do Conde Drácula), numa esdrúxula paródia que metia medo nesses idos tempos da minha tenra infância. E também era o meu desenho favorito.

(Naquela época a gente podia chamar essas animações japonesas de “desenhos” sem levar uma voadora na meio das fuças).
Don Drácula não é um vampiro japonês, na verdade ele é o próprio Conde Drácula, que foge da Transilvânia e se muda para o Japão numa tentativa de escapar dos caçadores de vampiros, levando com ele sua filha Sangria (que nome original… quem imaginaria que ela é filha de um Vampiro? Muito Bem….) e seu fiel empregado Igor (agora matou a pau na originalidade…).
Nosso queridão vampiresco é um baita tarado que adora chupar o pescocinho de mocinhas indefesas. Mas sua primeira vítima em solo japonês é a fofíssima Blonda, que se apaixona pelo dentuço e passa a persegui-lo constantemente a fim de repetir a dose da dentada. Foi amor à primeira mordida. (Tem gosto pra tudo…)
Como era de se esperar, o cara só se dá mal o tempo todo, e todos os seus planos fracassam miseravelmente. Ele nem mesmo consegue atacar uma vítima decente e ainda tem o Professor Von Helsing no pé dele, doido para fincar uma estaca no seu coração morto. Sorte que a saúde desse caçador é péssima, e Don Drácula sempre pode contar que seu inimigo terá uma violenta dor de barriga ou um excruciante ataque de hérnia de disco que o impedirá de matar o vampiro.

A única que parece ter algum bom senso é Sangria… ela é esperta e só quer levar uma vida normal, ter amigos, ir à escola… mas ela é uma vampira também, e embora não concorde com a dieta do pai, sempre o ajuda a sair das enrascadas. O que não a impede de passar um sabão nele, todas as vezes que ele faz besteira. (Umas treze vezes por dia, mais ou menos).
Apesar de prevalecer o estilo cômico, a série também tinha momentos de drama e suspense… um dos episódios mais assustadores (para mim, na época, quando era criança, pô!) foi o dos ratos de olhos vermelhos… brrrr…
Don Drácula foi um mangá que surgiu nas páginas da Weekly Shonen Champion, e é mais uma criação do mestre Osamu Tezuka, o mesmo de grandes clássicos como “ASTRO BOY” e “A PRINCESA E O CAVALEIRO”
Ao ser adaptado para a televisão, foi planejado para ser um anime de 26 episódios, mas apenas oito foram completados, porque a agência de publicidade encarregada entrou em falência. Mesmo com esses poucos episódios, Don Drácula ainda é muito lembrado como um dos melhores animês dos anos 80.
Os 8 episódios de Don Drácula:
1 ) O caçador chegou
2 ) Cuidado com o vampiro
3 ) O gigante que vendeu sua alma
4 ) A aliança dos monstros
5 ) O vampiro vai a escola
6 ) O caçador e as feras
7 ) A grande Trapaça
8 ) O alho, a cruz e o dentista

É certo que todo nerd sempre mantém seu lado infantil vivo dentro de si. Então, esse texto é dedicado para todos nós, nerds de 20 e poucos anos! (oquei… 30 e poucos…) (OQUEI… de TODAS as idades!)
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Tenho um carinho enorme por esse anime, amo de paixão! E como disseram, não era apenas engraçado, tinhas os momentos de suspense e drama. A cena do tigre e do panda me marcaram tanto, que não conseguia dormir, chorando horrores.
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que coisa linda ,um dos melhores desenhos de todos , o capitulo do filhote de tigre e urso panda era chocante
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Excelente. 🙂
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Esse desenho eu amava e não lembrava dele… como você conseguiu? Que caminhos suas sinapses químicas/nervosas/elétricas realizam no seu cérebro que te permite ter essas preciosidades ao alcance?
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Não sei te explicar… ele estava guardadinho na minha cabeça. Assim como deve ter outros, o Carlos Felipe mencionou o Gênio maluco… eu amava também, morria de rir nos intervalos que tinha um personagem que dizia “o que está acontecendo?” Enfim, uma coisa puxa outra… “Pirata do Espaço” foi meu primeiro contato com robôs gigantes. lembra desse?
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Fiz muita nave “Pirata do Espaço” com caixa de fósforos… era meu brinquedo preferido, depois do macaco Zé e olha que vai entender a imaginação de uma criança, eu tinha brinquedos bons… mas a caixa de fósforos travestida de Pirata do Espaço era o melhor de todos…
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Excelente desenho!! 🙂
Pau a pau com o gênio maluco.
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Deu nostalgia de um desenho que nunca assisti…..hehehe
Cara, e o que era o jeito da Xuxa com as crianças, hein? nossa, acho que o salário mais baixo deixava ela transtornada…
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