por Venerável Victor “tratador de macacos aquáticos” Vaughan
Com todas as mudanças no atual reboot da DC Comics é difícil dizer ao certo se a nova história pregressa entre Aquaman e o vilão Arraia Negra veio para ser algo benéfico ou maléfico na nova mitologia do herói.
Aquaman – criado por Paul Norris
Por um lado, ela oferece uma credibilidade necessária para o conflito imortal entre esses dois personagens, por outro, de certa forma isso limita as motivações do Arraia como vilão. Para que direção ele irá seguir uma vez que concretize sua promessa de matar o rei da Atlântida?
Essa é exatamente a questão que Amanda Waller levanta momentos antes da destruição da prisão de segurança máxima para meta humanos, Belle Reve. Motivos escusos a parte que Amanda tem para fazer tal pergunta, ela levantou uma boa questão à discussão.
Um antagonista que é definido unicamente pelo ódio que sente pelo protagonista tem motivo mais que suficiente para participar de muitos conflitos de uma revista, mas ele não carece de muito propósito ou personalidade que faria com que os leitores se identifiquem por ele caso protagonize alguma história sozinho. Então a partir de agora, você devoto, já pode agradecer a Tony Bedart por eliminar – pelo menos por enquanto – o foco primário da vingança pessoal do Arraia, ao fazer com que ele busque, conforme sugestão de Waller, por uma nova razão de existência.
Isso nos conduz para o potencialmente mais interessante momento dessa edição, quando a aparente morte de Aquaman leva o Arraia até a sepultura de seu pai, para prestar contas de que sua vingança de uma forma ou de outra se concretizou. Nesse momento ele tem a oportunidade de seguir para qualquer direção, se tornar qualquer coisa, descobrir novas facetas em sua vida.
Infelizmente antes que possamos descobrir o que o Arraia realmente gostaria de fazer de agora em diante, Bedart simplesmente transfere sua sede de vingança para outra pessoa. Essa não é exatamente a mais inspiradora troca de circunstâncias, mas pelo menos ele encontrou desafios muito maiores na sua nova escolha por inimigo.
Talvez eu esteja errado sobre o que realmente significa o “Mês dos Vilões” na editora, mas meu entendimento é de que seu propósito sirva como uma introdução aos grandes antagonistas da DC, mas também oferecer um grande apanhado sobre suas novas motivações. De outra forma, para quê que leitores antigos se interessariam em acompanhar esse evento?
Mas o roteirista muito pouco ou quase nada oferece de novo sobre o Arraia que os leitores regulares já não saibam e nada sobre o seu relacionamento passado com seu pai, o que é uma pena.
Ao invés disso, nós assistimos uma previsível sangrenta fuga da prisão e um rápido momento de reconhecimento entre o Arraia Negra e o Mestre dos Oceanos – irmão e também inimigo de Aquaman. O resto das sequências parecem uma recapitulação dos eventos de “Forever Evil”, só que vistos pelos olhos do vilão.
Foi uma surpresa ver o novo trabalho de St. Aubin agora nessa edição especial de Aquaman, após tantos anos que não o acompanhava. Seu trabalho atualmente é muito superior ao que costumava fazer na extinta revista R.E.B.E.L.S.. Agora, não digo que ele se tornou um virtuose do traço, mas seu produto final parece muito mais em sintonia com o estilo da editora e porque não dizer, muito mais apreciável.
Essa edição que é focada totalmente no maior inimigo do nosso herói aquático não faz nada de novo para aperfeiçoar esse personagem e se isso não é desapontamento suficiente, a maior parte das páginas duplica muito do que já havia acontecido na nova grande história da empresa, sem conferir novos elementos.
No entanto quem mais sofreu com isso tudo não foram os fãs da revista, foi o pai do Arraia Negra. O cara não tem sossego nem no além. No fim de sua vida foi morto por engano e agora não pode nem descansar como uma simples e completa pilha de ossos. É uma boa notícia saber que o Rei dos Mares do Sindicato do Crime – o Aquaman da Terra 3 – vai voltar a aparecer, isso pode oferecer ao Arraia uma chance de pelo menos concretizar seus planos de vingar a morte de seu pai oficialmente. Afinal ele nunca vai conseguir fazer nada parecido com o “nosso” Aquaman.
Boa resenha 3V. Mas será que algo vai salvar no mês dos vilões? Tomara que pelo menos a da MM se salve…
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Ótima resenha,Venerável!O Arraia é um vilão clássico,sempre vai atazanar o velho Aqua!A arte está sensacional!
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A história tem um visual legal, mas esse dos vilões mês tá uma porcaria;
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Não li ainda, mas te garanto, adoro um negão determinado com cara de mau! Vou querer ver! 🙂
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Tinha tudo para ser uma das melhores revistas dedicadas a um vilão, mas de alguma forma ficou algo raso, não digo ruím, que não foi, mas raso e um tanto preguiçoso mesmo.
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Achei legal a arte desta edição!
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Em vários eventos anteriormente a DC “cozinhou o galo” nos tie ins prá destroçar nas principais. Um bom exemplo disso foi Invasão. Quem lia só a mini, sinceramente não perdia nada. E o jogo do embromation continua enquanto o bonde dos novim americano acredita que leva gato mas na verdade é uma lebre mais rápida que o Flash. A mini pelo que eu já vi de resenhas até chega a ser ousada, mas as mensais deixam a desejar.
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Pois é, mais uma revista do mês dos vilões que decepciona! Mas o Aqualad, filho do Arraia, ainda tá valendo nessa nova cronologia???
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EDITORIAL SANTUÁRIO:

Terça- Aquaman #23
Quarta- Mulher Maravilha #23
Quinta- Os 11 mais amados super grupos
Sexta- Agora imagine Neil Gaiman recriando o Universo Marvel em 1602!
Sábado- Umas tiras da pesada
Domingo- O Estranho Beijo de Warren Ellis: “I am Providence”
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