“Que tipo de sistema operacional os wakandanos estão usando? Isto é muito complexo”.

Roteiro de Reginald Hudlin.

Desenhos de John Romita Jr, arte-final de Klaus Janson.

Por Rodrigo Henry Garrit

O Reino de Wakanda está sob o olhar atento e invejoso daqueles que querem usurpar sua soberania e poder e desferir sobre eles uma cruel vingança. Enquanto somos apresentados aos primórdios dessa soberba nação africana e seu desenvolvimento através dos séculos, nos deparamos com toda uma gama de costumes e um estilo de vida que faz com que o lugar seja único no mundo, uma espécie de santuário onde a humanidade pôde florescer alheia aos males mais primitivos do mundo.

Uma de suas crenças, ou talvez sua crença mais forte, seja a respeito do mítico Pantera Negra,  seu protetor e vigilante, a honraria máxima do país, passado de geração a geração de pai para filho, muito embora uma vez por ano ele possa ser desafiado por um cidadão de Wakanda que se considere digno de derrota-lo em combate e assumir o seu manto.

 

Pela primeira vez a história de T´Challa, o Pantera Negra que conhecemos é contada de uma forma onde não é a atração principal da revista do Quarteto Fantástico, onde estreou anos atrás. O Quarteto sequer é mencionado no roteiro do cineasta Reginald Hudlin, que reinventa a mitologia do personagem, mostrando a força do protagonista e nos apresentando uma Wakanda quase utópica, tecnologicamente muito mais avançada que a maioria dos outros países, riquíssima na extração em abundância de seu principal minério, o vibranium e apesar de ter poder de fogo e incontestável habilidade bélica, preferiu se isolar e viver em paz. Então vemos as insistentes tentativas do mundo exterior em tomar o lugar para si, seja através de diplomacias hipócritas ou mirabolantes planos de golpes de estado. Atrelado a tudo isso, temos um personagem que surge com grande importância no passado de T´Challa, definindo na infância do futuro regente de Wakanda os pilares do homem que ele viria a se tornar… possivelmente o maior de todos os Panteras Negras.

O vilão sedento por vingança em questão é o Garra Sônica, que de forma meticulosa e deliberadamente sem escrúpulos chega muito próximo de conseguir o que muitos tentaram em vão no decorrer de gerações, deixando de forma inconteste sua marca sangrenta na orgulhosa nação africana.

Os desenhos de John Romita Jr. Aprimorados pela arte-final de Klaus Janson remetem a história que é uma versão moderna do clássico aos áureos tempos em o Pantera era desenhado pelo Mestre Jack Kirby, numa mescla plena de harmonia entre o passado e o presente.

O Pantera Negra foi o primeiro super-herói com reconhecida relevância, mas sempre achei que faltasse a ele toda a imponência de um monarca digno de ser o Pantera Negra de sua nação, uma espécie de deus entre seus súditos. Essa imponência foi alcançada com a história de Hudlin, que respeitando as bases do clássico de Stan Lee e Jack Kirby, elevou o mito e o fez ser não apenas o coadjuvante do Quarteto Fantástico ou o herói negro que existe apenas para preencher uma cota… o Pantera Negra é hoje um personagem fundamental, único e sem precedentes.  É o homem que deu uma surra no Capitão América e fará o mesmo a qualquer um que tentar usurpar seu reino. Ele é o deus Pantera, e sua lenda sobreviverá além das fúteis maquinações por poder engendradas pelas nações que cobiçam suas riquezas.

Não enfureça o deus Pantera, não desafie sua fúria.

Wakanda está segura. O Pantera Negra está olhando.

Nunca se meta com Wakanda.

Wakanda NUNCA foi conquistada.

Wakanda é a terra dos fortes.

Wakanda prevalecerá.

O deus Pantera está olhando,

Com seus olhos enfeitiçados,

Zelando por Wakanda.

Não enfureça o deus Pantera,

Não desafie sua fúria.

Wakanda está segura.

O Pantera Negra está olhando.

RECOMENDAÇÃO DO SANTUÁRIO!

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