Por Rodrigo Henry Garrit
Despejando informações sem respirar:
O combate entre a normalidade e a anormalidade engendrado pelo líder de um grupo violento e radical denominado como N.E.N.H.U.R.E.S. e o covarde ataque a Danny, a rua travesti, acabam sendo ofuscados pela abdução dos membros da Patrulha do Destino por duas raças de seres ancestrais com fortes raízes à própria intervenção bíblica sobre a criação da Terra, colocando uma recém desperta de um logo coma, Rhea Jones, (vista pela última vez como refém do Rubro Jack o autoproclamado “Deus”), saindo de uma crisálida em um novo corpo e uma nova percepção da realidade.
(ufa).
As duas citadas raças de seres alienígenas estão em uma guerra milenar, e cada lado dessa contenda, os Emissários da Ortodoxia da TRAMA abduziu Rhea e Rébis, e os Geomantes Hussistas do PAISAGENSCÓPIO levaram Crazy Jane e Homem-Robô, cada qual explicando seu próprio lado da batalha, levando os dois grupos a ficar em lados opostos até que se prove o contrário.
(mas calma, tem mais).
Entrementes, a mulher chamada Dolores Watson empreende incansável busca pelo quase esquecido herói Flex Mentallo, o homem dos músculos mistério, localizado ainda com suas memórias confusas em Danny, a rua.
Agora cabe a Patrulha do Destino a árdua tarefa de entender o que está acontecendo e acabar com a guerra entre a TRAMA e o PAISAGENSCÓPIO, além de salvar as próprias vidas no processo, encontrar Flex Mentallo, verificar se Danny, a rua está bem, encontrar um novo corpo não aracnídeo para o Homem-Robô e terminar os preparativos da mudança para uma nova base.
(é isso? esqueci alguma coisa?)
Tá bom, Grant Morrison, já entendemos que esse gibi vai muito além de uma aventura padrão de super-heróis. Bem pertinente a reclamação do Homem-Robô, que deseja só de vez em quando resolver um assalto à banco ou lidar com algum gênio do crime. Mas não, isso é coisa pros heróis “normais”…
Embarque sem medo (ou talvez só um pouquinho) nesse roteiro confuso porém muito divertido, ilustrado dignamente e sem firulas (graças aos deuses) por Richard Case, ainda que tenhamos uma edição curiosamente desenhada por Kelley Jones, trazendo estranheza mas não desconforto à trama.
Capas inebriantes de Brian Bolland e Simon Bisley embrulhando as ideias surreais de Morrison.
Muito bizarro e belo demais.
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